Esta é a fase mais longa do ciclo de vida familiar e vista como a mais problemática também. Antigamente, pelo grande número de filhos, a família passava a vida toda ocupada com a criação destes. Porém, hoje em dia isso não é mais uma realidade. É comum que os pais lancem seus filhos quase vinte antes de se aposentarem e isso os deixa, muitas vezes, sem outras atividades na vida além do trabalho. É comum que mulheres que dedicaram a vida toda à criação dos filhos, ao lançá-los na vida de adultos, possam desenvolver Depressão.
Essa também é uma fase com grande saída e entrada de novos membros, uma vez que os filhos podem casar-se e começar suas próprias famílias. É também um momento crítico pois os pais mais velhos estão adoecendo ou morrendo. É comum que o casal tenha que lidar também com seus pais adoecidos e muitas vezes tornam-se cuidadores.
Por outro lado, esse pode ser considerado por muitos casais como um momento de liberação, uma vez que as questões financeiras ficam mais livres, visto que há a saída dos filhos, e o casal pode começar a investir em algo que lhes agrade, ou gastar com hobbies e viagens, carreiras novas – tais como abrir um negócio próprio. A visão – negativa ou positiva – dessa nova fase depende muito de cada família e da construção dela, pois, assim como pode ser vista como um momento de liberação e oportunidades, também pode ser visto como o momento propício para o rompimento.
Para as famílias que já possuem uma empresa, esse pode ser o momento de os filhos começarem a tomar parte dos negócios ativamente, ou até mesmo, preparar-se para a passagem do bastão e a mudança de geração dentro da empresa. Caso a empresa tenha se preparado com antecedência para isso, as dificuldades serão minimizadas e a adaptação será natural. Porém, o contrário é mais comum, o que gera insegurança na organização como um todo.
REFERÊNCIAS
CARTER, M. M. et al. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1995. 512p
VRIES, Mafred Kets de, et al. A Empresa Familiar no Divã – Uma Perspectiva Psicológica. 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 302p
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