Onde estaremos em 2030?

“Os desafios são os principais fatores que impulsionam as empresas para o futuro e que se prepararam para ele. Como o Conselho atua de forma a visualizar e pensar o futuro”.

Há tempos, não muito distantes, quando vivenciávamos o ciclo de qualidade total, o Japão era o nosso inspirador como modelo de administração, assim como os EUA, logo depois. Diversos excelentes conselheiros e formadores de grandes executivos, com serviços prestados a empresas de relevância nacional, tal qual o ativo Professor Vicente Falconi, com o qual tive a felicidade de muito aprender, por ter sido seu aluno por diversas ocasiões e – que, do norte ao sul do País, positivamente nos repassava métodos hoje presentes e que se constituem pilares fundamentais nas organizações.

Nessa fase, causava-nos profunda admiração entender como poderiam os japoneses fazer projeções ou projetos concretos de longo prazo, se aqui mal conseguíamos estabelecer nossas previsões de um ano e um planejamento para 3 a 5 anos, no máximo. O longo prazo, para os japoneses, registre-se, era acima de 30 anos, podendo atingir, inclusive, em alguns casos, os 100 anos.

Os projetos de sucessão, a implantação de subsidiárias, aquisições, fusões, plantas das indústrias, sejam automotivas ou outras manufaturas, assim eram pensadas e, consequentemente, realizadas dentro desse planejamento de médio e longo prazo. A realidade desses projetos está materializada, atualmente, ao longo de nosso País, de norte a sul, seja no mundo rural ou urbano; é fácil, assim, encontrar empreendimentos da origem aqui mencionada ou o uso de suas tecnologias, além de projetos de origem alemã e francesa, entre tantas outras.

Muitas crises de diferentes naturezas ocorreram antes, durante e após a implementação desses empreendimentos, seja no mundo ou no Brasil. Por aqui, todos nós sabemos, foram inúmeras, a começar dos sucessivos planos econômicos, problemas políticos e chegar até aos nossos dias, aqui ainda permanecendo, por fatores exógenos.

O que o atual momento exige é que avaliemos o grau de clareza com que o Conselho (Gestão – Consultivo ou de Administração) está trabalhando e contribuindo para que as empresas assim organizadas consigam ter uma visão holística, de médio para longo prazo, independente do momento atual. Falamos sobre todo tipo de empresas, familiares ou não.

Neste segundo semestre, que já começou, com o objetivo de perenizar nossas empresas, pensar e planejar torna-se fundamental para avaliarmos com maior precisão como estaremos em 2030, no mínimo, através da coleta e análise de subsídios importantes para que a estratégia seja traçada e, a partir disso, sejam estabelecidos claros objetivos para a realização da tarefa programada.

Constitui decisivo papel do Conselho nesse caso e, por via de consequência, a cada um de seus integrantes – dedicar a maior parte de seu tempo a pensar o futuro e não a revisão do passado, com a nefasta chamada “administração pelo retrovisor”

Uma vez atuante o Conselho, com o discernimento consciente de todos e o conservadorismo necessário para isso, poderão ser traçados objetivos, seja em grandes linhas, em marcos de grandes linhas ou mediante detalhamento ao nível das necessidades da Presidência e Direção da empresa.

O desdobramento dessas metas, como bem sabemos, estará a cargo dos demais componentes da empresa que, de acordo com os propósitos e visão do grupo empresarial, será colocado em prática, coerente com a estratégia e visão de futuro.

Por cautela, considera-se que toda e qualquer situação atual de mercado, de negócios ou mesmo, de oscilações do País diante dessas circunstâncias não devem ser subestimadas, porém, consideradas a uma determinada distância, conforme destacamos no início deste trabalho.

A prática da “distância segura” de crises pode gerar uma experiência mais rica e um melhor direcionamento para o sucesso futuro, para materializar os projetos de forma eficaz e concreta, tendo um norte pelo qual trabalhar, pois, nos interessa em primeiro lugar a sobrevivência e o legado de nossas empresas.

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