As empresas familiares geralmente trazem em sua cultura o DNA do (a) fundador (a). A extinção ou não da empresa pode ser apenas um “causo” uma ideia que não funcionou, ou se tornou um “case” usado como exemplo de sucesso perene.
Talvez você não tenha percebido o quanto o modo de ser dele está presente nos seus negócios.
A complexidade aumenta exponencialmente se a empresa tiver outros sócios. A pimenta é queimada, assim como os sócios, nas relações familiares, e o molho pode ser indigesto. Sua empresa ainda pode ser nova, mas precisará passar por um causo antes de se tornar um caso.
Essa transição não é evidente quando o início dos negócios consome grande parte dos fundadores do tempo. À medida que os negócios progridem e surgem dificuldades, haverá cultura e conflito.
Onde você se encontra neste momento com sua criação?
Ela caminha para um causo ou um case?
A descoberta de que sua pegada; marca e determina a cultura e o sucesso dos negócios, quando acontece precocemente facilita o processo e encaminha o seu “causo” para um verdadeiro “case”.
Você deve estar pensando que isso é coisa do passado e que as “startups” digitais estão longe desse problema.
Ledo engano!
Recentemente estive com um jovem empresário que tinha começado a sentir as dificuldades de compartilhar a cultura com os demais sócios, antes mesmo de sua empresa completar um ano de existência, as diferenças culturais, começaram interferir na relação societária e por consequência nos negócios.
A influência da cultura atinge tanto empresas familiares como as corporações, que têm as famílias dos fundadores longe das operações. Afinal a cultura, quando vencedora, é mantida mesmo pelos que não tem nada a ver com o fundador.
Muita atenção e cuidado ao tratar esse tema nas organizações em que a presença do fundador ou dos fundadores, faz parte do dia-a-dia. Iniciar esse processo de transformação requer antes de tudo a concordância de quem tem a caneta na mão.
Se os sócios reconhecem a necessidade de validar uma cultura empresarial que saia do risco do causo para tornar-se um case de sucesso, então o caminho será árduo, porém com chegada garantida. Todavia se os “donos” não aceitarem o processo, será quase impossível chegar ao objetivo de perenidade, sua empresa estará na lista dos “causos” e não dos “cases.”
A boa notícia é que os avanços nas boas práticas de governança familiar e corporativa têm se mostrado altamente eficazes quando bem planejadas e implementadas.
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