Muito se tem falado e escrito sobre a importância das boas práticas de governança corporativa em empresas familiares.
Temas como: profissionalização da gestão, segregação de funções, planejamento sucessório, alinhamento de interesses, separação entre propriedade e gestão, dentre outros, fazem parte da “playlist” das práticas de governança corporativa dessas empresas.
Como qualquer outra organização empresarial, a de origem familiar precisa desenvolver uma cultura organizacional que tenha em seu conteúdo os valores e princípios da boa governança corporativa alinhados aos interesses de seus proprietários.
Não existe uma fórmula pronta, disponível no mercado, para todas as empresas familiares quando o assunto é governança corporativa.
Cada empresa tem a sua história familiar, os seus legados, a sua cultura e o seu jeito peculiar de comandar os negócios que passa de geração a geração.
Porém, a sociedade evolui e os mercados também. Novas exigências legais e regulatórias surgem, novas regras de mercado são criadas, novos concorrentes surgem, novas formas de se fazer negócios aparecem, novos hábitos de consumo são enaltecidos e, assim, a empresa familiar precisa se adaptar às mudanças evolutivas do ambiente onde está inserida.
Há duas décadas, para não ir muito longe, falar de governança corporativa em uma empresa familiar era algo muito raro. Nos dias atuais, a realidade mudou e bastante.
Fica cada vez mais difícil ignorar os benefícios de uma boa governança corporativa para o sucesso e a maior longevidade de uma empresa familiar. Colocar no radar a expansão dos negócios, por exemplo, exige mudanças no estilo de gestão que não pode ser o mesmo de tempos atrás.
Tais mudanças passa pela inovação, modernização e atualização contínua das práticas de gestão e de governança corporativa da empresa.
É preciso se tornar atraente aos interesses do mercado. É preciso se tornar mais competitiva e melhor avaliada pelos seus clientes. É preciso se tornar atraente, se assim for do interesse dos proprietários, aos olhos de investidores que podem injetar capital, contribuindo para a construção de alicerces sustentáveis de governança corporativa e gestão.
Mesmo se a opção não for esta (atrair sócios), a modernização das práticas de gestão e governança corporativa precisa acontecer. A empresa familiar precisa ser competitiva e moderna, como já dito. Ela precisa estar preparada para a sucessão de comando e para a continuidade dos negócios.
Os processos de governança corporativa precisam ser eficazes e facilitadores do trabalho de quem decide dentro da organização. É preciso criar a cultura da sinergia de propósitos pela agregação de: pessoas + tecnologias + processos.
Se assim não for, a governança corporativa torna-se ineficaz e sem capacidade de gerar valor. Neste sentido, a adoção de um bom portal de governança corporativa é essencial. Há alguns modelos disponíveis no mercado brasileiro. Recentemente, eu testei a solução tupiniquim da Atlas Governance.
Confesso que me surpreendi com as diversas e ótimas funcionalidades existentes e, principalmente, com a simplicidade de uso de seus recursos. Para uma empresa familiar, isso faz muita diferença no seu cotidiano de tomada de decisões (principalmente nos trabalhos do conselho de administração e da diretoria executiva).
No próximo artigo, falarei sobre algumas das mais importantes funcionalidades de um bom portal de governança corporativa, a necessidade de uma boa operação assistida (treinamento dos usuários por um determinado período e criação de uma metodologia própria de trabalho) e o quanto esta tecnologia pode otimizar muito os processos de governança corporativa e gestão de uma empresa familiar. Até lá!
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