Investir Com ou Sem Emoção?

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Todos sabemos que a melhor maneira de ganhar dinheiro nos mercados financeiros passa por comprar barato e vender caro. O conceito é simples, é conhecido de todos, mas na prática é muito mais difícil de concretizar do que à partida poderíamos pensar.

São inúmeras as situações em que o investidor é induzido a vender os seus ativos perto dos valores mínimos e a comprar perto dos valores máximos. Exatamente o contrário que o bom senso recomendaria. Isto acontece porque, apesar do avanço da inteligência artificial na tomada de decisão de compra e venda nos mercados, ainda é o homem com as suas emoções, como a ganância, a inveja e o medo, que dita muitas vezes o sentido dos mesmos.

Quando o mercado está em alta, o desejo de alcançar mais, o receio de perder oportunidades, a tendência para a comparação com os outros, a influência da multidão e o sonho do ganho certo, são factores universais que têm um profundo impacto nas tomadas de decisão de muitos investidores. Ao mesmo tempo, a crença na diminuição do risco e a ideia de que o investimento feito irá produzir elevados lucros, cega-o esquecendo a prudência, as preocupações e os receios relativos a uma possível perda.

Daqui, resultam erros frequentes que são muitas vezes generalizados e recorrentes. A ganância é uma emoção muito forte e uma das que mais contribui para prejudicar os esforços dos investidores.

Da mesma forma, quando o mercado inverte e começa a cair, a ganância vai dando lugar ao medo e este sentimento tende a apoderar-se do investidor de uma forma crescente à medida que o movimento de descida se vai acentuando, dando muitas vezes lugar ao pânico. Nestas situações, há normalmente uma pressão interior crescente que conjugada com o medo de ser o ultimo a sair do mercado a torna insuportável levando o investidor a vender o seu ativo a preços que a razão recomendaria a compra.

Assim, como resposta à pergunta inicial: Se o investimento deve ser feito com ou sem emoção? a escolha deve sempre recair na segunda alternativa. Se há alturas na vida em que a supremacia da razão sobre a emoção é vantajosa, é quando falamos de investimentos.

É muito importante que o investidor tenha um plano de ação bem definido quando aplica o seu dinheiro e que não se deixe influenciar pelas oscilações naturais do mercado, mesmo que estas sejam mais bruscas do que gostaria. Investir é uma maratona e não um sprint. Não deixe que as noticias do dia a dia e a volatilidade do mercado no curto prazo o distraia e o desvie da sua estratégia. Posicione a sua carteira para que ela possa beneficiar com os movimentos de longo prazo e não com os de curto prazo. Se assim o fizer, estou certo que sairá vencedor.

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